Adriano Juliani conta sua trajetória no kart em entrevista exclusiva

Ninguém nasce sabendo pilotar um kart. Para se tornar um bom piloto, é necessária muita dedicação nos treinos, a fim de se atingir a técnica e precisão ideais.

O grupo SPORT KART MG incentiva e oferece boas condições para os iniciantes aprenderem e se tornarem grandes pilotos. E um grande exemplo de trajetória de evolução atende pelo nome de Adriano Juliani.

Atualmente piloto oficial da equipe SK Racing, e praticante de uma pilotagem limpa e precisa, Adriano conheceu o kartismo há quase dois anos. No início corria com um amigo, e em 2015 resolveu se aventurar em um campeonato, a Copa SKMG 2015/01. De lá pra cá muita coisa mudou.

Sem experiência alguma, dedicou-se bastante. Cresceu com naturalidade. Foi conquistando o respeito dos adversários, e hoje é referência no grupo.

O piloto concedeu uma entrevista exclusiva ao site, contando sua trajetória e suas lembranças. São muitas. Adriano lembra com detalhes de sua primeira corrida e dos seus primeiros contatos com a turma:

– Antes da estreia, por incrível que pareça eu tinha expectativa de não fazer feio. Quando comecei a andar de kart corria com um amigo, nós corríamos valendo a bateria e eu ganhei umas duas vezes dele. Na minha cabeça eu já estava competitivo. Mas logo quando entrei no campeonato percebi que a história ia ser bem diferente.

– Me lembro de praticamente tudo da primeira corrida. Estava muito empolgado em disputar meu primeiro campeonato de Kart. Meus amigos foram me ver, mas eu estava bastante nervoso. Lembro que quando entrei no kart quem estava auxiliando era o Marcus Vinicius, eu nem o conhecia, e ele percebeu meu nervosismo e tentou me acalmar. Me lembro até quais foram suas palavras: “Calma, Calma, na chuva não adianta correr, usa a técnica que você vai se sair bem”. Cheguei em 29º de 34 pilotos, fiquei feliz por não ter sido o último. Vi também o Ramon Tancredo ganhar a corrida a partir daí comecei a me inspirar nele.

Adriano fez um campeonato discreto. Foi após o término da Copa SKMG 2015/01 que as coisas começaram a mudar. O piloto intensificou os treinos, adquiriu mais técnica e velocidade, e na divisão dos grupos do campeonato seguinte foi convidado a disputar pelo Grupo A, onde estariam os melhores pilotos da turma.

– O convite para correr pelo Grupo A me surpreendeu. Na verdade, o que me deixava motivado era a posição que meu amigo Lucas Prates me colocava e ainda me coloca até hoje. Sempre um nível acima do que estou. Ele faz isso com os iniciantes, e eu acho isso muito legal, pois o lado emocional do piloto é muito importante.

Acontece que em competições as coisas não são tão simples assim. Por mais que um atleta melhore seu desempenho, pode ser que ele não alcance todos os seus objetivos. Adriano passou por isso, ao ver vários bons resultados escaparem de suas mãos.

– Ficava bastante chateado. Andava junto com os melhores, mas os resultados não vinham.

– Um dia decidi deixar a ansiedade de lado e pensar só na corrida. A partir daí os resultados começaram a chegar.

Adriano nunca desistiu. Escolheu erguer a cabeça a cada tropeço, e sempre buscar voos mais altos. O tempo e a experiência lhe fizeram bem. Em 2016, sua tranquilidade e seu novo jeito de encarar as corridas já lhe rendeu bons resultados em outros campeonatos. O piloto agora tem confiança de disputar de igual pra igual contra os melhores kartistas amadores do Estado.

– É muito bom disputar campeonatos sabendo que tenho condições de ser competitivo. É muito bom. Mas tento esquecer isso e pensar que só vou ser competitivo se sempre der o meu melhor. Então penso muito na corrida, penso na corrida e mais nada.

Apesar de ser um ótimo piloto, Adriano não deixa a humildade de lado. Está sempre disposto a aprender e melhorar seu desempenho. Sempre que pode está treinando em seu kart, ou com os amigos, ou mesmo pedindo dicas e estudando técnicas de pilotagem.

– Eu costumava pedir dicas aos veteranos sempre. Aliás peço até hoje. Converso muito com meu amigo Leo Haiduck, e ele sempre me ajuda, até desenhando o traçado pra mim e mostrando onde devo passar (risos).

E apesar de estar começando a colher os frutos de sua dedicação, ainda não veio o tão esperado pódio nos campeonatos SPORT KART MG, grupo no qual praticamente construiu sua carreira de kartista amador. Adriano segue na luta, confiante de que seu dia vai chegar logo.

– Estou aberto para o que o kart tenha a me oferecer, vou me dedicar ao máximo para que alcance títulos nacionais e internacionais com o grupo.

Durante a entrevista, Adriano demonstrou dar muito valor a cada minuto e a cada detalhe que vivencia no kart. Com isso o piloto vem instaurando uma grande coleção de amizades.

– Adriano é um cara fantástico, grande irmão que ganhei com o kart. Ótimo piloto dentro e fora das pistas. Só tenho elogios para este camarada. – contou o piloto Leo Haiduck.

– Não tenho muita proximidade com o Adriano, mas pelo pouco que conheço acho uma pessoa de trato agradável, muito simpático e um piloto promissor, que vem aprimorando sua pilotagem rapidamente. – o piloto Sérgio Sampaio também mandou seu recado.

– O Adriano é um cara que acompanho desde o início. Lembro bem dele em uma etapa da Copa SKMG, virado na contramão, tinha acabado de rodar (risos). Ele só se metia em confusão, até foi apelidado de “dick” por um amigo que temos em comum. Hoje posso dizer que já anda entre os melhores pilotos, sua evolução foi exponencial e espero ter ajudado na sua formação. Desejo a ele muito sucesso e que continue sendo a excelente pessoa que é. – completou o piloto Gerdan Livis.

Questionado sobre quais lições aprendeu com o esporte, não teve dúvidas em dizer que as experiências no kart refletem diretamente em sua vida pessoal e profissional. E ainda mandou um recado para quem deseja um dia chegar onde chegou.

– Falaria para sonharem mais alto (risos). Mas o recado que deixo para quem está começando, é prestar muita atenção nos mais experientes. Ter calma, ser competitivo mas nunca perder a esportividade. Porque o principal objetivo é fazer amigos e não inimigos.

– Quando comecei no Kart achava que nunca iria sequer andar perto de Gerdan, Alexandre, Ramon, mas com dedicação é possível sim. Então tento levar isso pra minha vida. Colocar o máximo de dedicação em tudo que faço. Para que possa colher os resultados como no kart.

*Redação: Lucas Prates
Fotos: Lucas Prates e Paulo Xavier
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